segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

EM QUE DIREÇÃO (parte I).

Parado alí, como se sentisse a falta de si mesmo; ora como pudera se encontrar em meio aquela confusão de idéias. As músicas, meio mastigadas pelo imperdoável passar do tempo, aliás passavam também as pessoas, e elas com seus carros, seus doces e amarguras. Pois bem, o que queria dizer o discurso mental por demais prolixo? É difícil saber, imensurável as contradições do seu testamento moral, bem, mas todos precisam estabelecê-los. Mas ante seu testamento e julgamentos, era necessário viver. Havia se perguntado se é possível realmente avançar o próximo passo sem olhar, não para trás, mas ao redor; triste é perceber que só conseguia arracar as repostas prontas. As novas são fruto das experiências, então concluíra que as respostas significativas só surgem quando já não às necessitamos, uma espécie de "de javu".
Ora, então chegou a conclusão de que a angustia que pesava o peito e cortava-lhe a respiração não poderia ser arrancada enquanto não fosse visto com a naturaliade de quem se atira na queda livre da vida, consciente de que vai estar pisando em solo firme, ou ao menos provisoriamte instalado antes que se esvaia de cara no chão. Cetamente os dentes lhe sobraria.
Então avançou um passo, mas em que direção?

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Voltando ao Blog

Voltando ao Blog, uma vez que o Twitter não é a melhor escolha para gente prolixa como eu, kkkk. Bem, mas não abandonei o Twitter: www.twitter.com/comhenrique

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Teria sido um dia dos pais

Com um grande atraso, mas enfim, postado.

Já faz certo tempo que não escrevo para esse blog, não me lembro desde quando, mas nem precisa, para quem tem curiosidade é só olhar a data da postagem anterior, de qualquer forma, creio que tenha passado muito tempo. Mas o que me anima a escrever agora?
Busco partilhar um pouco da confusão de sentimentos que agora me apanha com força suficientemente contraditória para me trazer alegria e esperança sobre o futuro e me derrubar à cortante tristeza do passado. O que explica isso? Talvez eu possa me explicar, talvez com isso, eu me entenda.
O ser humano é o único animal, e para os mais religiosos, a única criação divina que tem certeza absoluta sobre sua morte. Isso talvez não surpreenda. Mas nos deixa perplexos o fato de que mesmo conscientes do nosso vindouro fim, conseguimos dormir, sonhar, sorrir, planejar, enfim, conseguimos viver sem que nossa existência transforme-se em uma verdadeira anarquia perante o apocalipse pessoal. A filósofa alemã Hanah Arent afirma que para se sobrepor ao fim inevitável o homem se imortaliza através de seus atos e os fixa na História. A História imortaliza os homens. Pois bem, a tentativa de se imortalizar nos faz esquecer nossa mesquinha mortalidade. Mas penso que antes de entrar nos Anais da história, o homem se imortaliza cotidianamente através de seus sentimentos que a vida – essa sim, uma entidade impossível de explicar – o faz experimentar. O amor, o ódio, a surpresa, a alegria, frustração, nos reinventa a cada aparição. E eis me aqui pensando nisso, e por quê?
Neste dia dos pais, serei um deles, serei festejado. Dessa vez deixarei de lado minhas críticas chatas de que se trata de uma data do capitalismo... quero comentar apenas que mesmo não tendo ainda estado frente a frente com Heloísa, minha filha, experimento um sentimento novo. Não tenho palavras para explicá-lo, mas utilizarei a música lembrada pelo meu amigo e concunhado “Dido” que diz: “Eu amo mais você do que eu”. Então isso direi a Heloísa quando nos encararmos pela primeira vez. Precisa dizer mais alguma coisa? Esse novo sentimento me revigora.
Porém... porém como estar apenas alegre...
A cerca de um ano meu pai, em saber que estive com o senhor. Em pensar em estar com o senhor e exprimir toda minha alegria desse momento. Ser filho e ser pai. Queria ser parabenizado pelo senhor como lhe cumprimentei naquele dia. Queria te mostrar Heloísa com orgulho e queria que tivesse orgulho desse momento que nunca experimentarei. Queria dizer que seria um pai como o senhor, comentar as suas desventuras e dizer que poderia fazer diferente, seria melhor; falar que o senhor deixou de ser meu herói a muito tempo; pois o senhor é homem, como eu agora serei o super-herói; e quando um dia me tornasse també um homem de carne e osso você também riria de mim. Mas antes de rir, você diria que havia me alertado de tudo, mas que para um herói vulnerável como tinha sido, o senhor me tornou o homem que sou e o pai que estava sendo; os heróis todos iriam sentir inveja desse momento, pois só nós de carne e osso podemos rir e não nos envergonhar de nossas fraquezas, pois somos homens, somo pais e por isso somos amados. Isso teria ocorrido.
Por isso....
Pai, como gostaria de te dizer que também sou um pai, exprimir minha alegria.
Pai, como tem sido duro viver sem o senhor, pois mesmo quando não te procurava, sabia onde te encontrar. E o senhor estava à minha espera.
Talvez esse seja o segredo de tudo. Eu tive que deixar de ser filho para me tornar pai; e assim nos imortalizamos.

sábado, 25 de abril de 2009

Em briga de cachorro grande... não se mete a colher!!!!

Instigante, aguçante, provocador, visceral...
Eis alguns dos adjetivos que podemos atribuir ao debate-discussão entre os ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa, capaz de deixar toda a nação de "cabelo em pé". E apesar de toda a galhofa costumeira do brasileiro que acha muita graça na desgraça, estamos mais uma vez diante de outra crise envolvendo uma grande instância da "Rés"pública. Devemos assumir que as denúncias ventiladas por Vossa Excelência Ministro Joaquim Barbosa, nenhuma novidade, expressa a viuvês da justiça, da ética e a orfandade do povo trabalhador brasileiro, este sim achapuletado constantemente pela espada viciada da justiça cegueta da pátria tropical paradisíaca. Diz-se, se não podemos confiar na mais alta instância jurídica do país, em quem podemos confiar? Aliás, quem confia, no legislativo? e no executivo também?
O barão de Montesquieu certamente ficaria tão deprimido quanto Santos Dumont com sua invenção (ou seria os irmãos Wright? não.).
Ah três poderes, ficaria mais feliz se ao menos um funcionasse em prol daqueles que te sustentam! ao menos em prol da justiça, se é que isso existe.
Bem, antes que nos percamos nessas reflexões- se é que já não afundamos com a "rés"pública, em nome da santa tridade, os três poderes, a democracia e o capitalismo, devemos não ser insolentes; ficai-vos apenas contemplando aquela discussão-debate, pois sem querer ser maldoso, lembrei de uma música que se esculta mesmo quando não se quer, mas que derepente é compatível com a graça da nossa desgraça:
"aí eu tiro onda, dou uma reboladinha
passo a mão no meu cabelo
dou tchauzinho pra queridinha
ela vai passar por mim
vai morrer do coração se ela soltar piada...
vai rolar é... CONFUSÃO!!!
Quem tira onda é eu
Q!uem tira onda é eu"

Como disse, na "rés"pública ficai-vos de beicinho entrelaçado, pois nada podes, quem tira onda são eles!!!!!
ah, e antes que me esqueça, fica por isso mesmo.