sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

No Telhado

Não tinha muito que fazer agora
subiu no telhado, observou as estrelas
buscou iluminar-se com o brilho da mais distante
e com isso clarear seus pensamentos
lembrou-se da vida, mas não apenas da sua
mas da miséria dos outros
e também de suas derrotas, e também das desventuras
das caricaturas, das mentiras e ruínas
lembrou-se das meninas, do pedaço de atenção que lhes concedia
recordou do tempo, das pessoas naquela imensa fila
também da confusão da gente que passa, e que às vezes desvia
desvia do compromisso, da liberdade
não possuía tantos pensamentos, mas agora lhe saltavam as recordações
que sob o passado, pululavam, imemoriais no presente e no futuro
e assim não se sentiu mais só, sentiu alegria
de viver, de perder, de ganhar
do bem e do mal
de sorrir e chorar, não mais no vão vazio
desceu o telhado, pisou o chão, respirou a satisfação de acordar
de prosseguir nessa difícil luta
que é a vida.

2 comentários:

--> βαh <-- disse...

Gostei!

E pra ser bem sincera nem sei bem porque, apenas gostei.

"e assim não se sentiu mais só, sentiu alegria
de viver, de perder, de ganhar
do bem e do mal
de sorrir e chorar, não mais no vão vazio
desceu o telhado, pisou o chão, respirou a satisfação de acordar
de prosseguir nessa difícil luta
que é a vida."

Tainã Alcântara disse...

Muito bom!

A vida é assim mesmo né??
cheia de altos e baixos!
mas é
"sempre desejada, por mais que esteja errada"(gonzaguinha)

Parabéns!!

Beijinho